Em Berlin, nas boas lojas de souvenir, é possível adquirir seu próprio pedacinho do muro. Acho que, por um lado, a comercialização do muro é uma forma última de humilhação ao comunismo, e, por outro, é uma baita pilantragem. Ora, é de se perguntar, quando o muro caiu, alguém já foi lá se adiantando para recolher os destroços, prevendo a possibilidade econômica de vendê-los? ou então, sempre que começa a se esgotar os estoque, vai-se lá para dar uma quebradinha na parte do muro que sobrou e conseguir mais mercadoria? E, em última análise, o que afinal de contas é isso, a transformação do símbolo da guerra fria em relíquia? Seja como for, aposto que, juntando todos os pedacinhos já vendidos nos últimos vinte anos, é possível fazer a muralha da China.
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