terça-feira, 13 de julho de 2010

Alguém salve o seu Manuel da padaria!


Todos os dias alguém me diz que é preciso salvar o português, que o português é vítimas de violências e abusos imperdoáveis, que assim ele não tem como sobreviver...o pobre português está sempre caído pelos cantos, esbofeteado e desorientado, pedindo socorro, engasgado no próprio bigode. Ora, o tal português é mesmo um bicho em extinção.

Tomei ciência desta situação aterrorizadora ainda há pouco quando me dei conta que meu blog tinha comentários (nunca pensei que alguém se voluntaria a responder minhas besteiras). Maurício, segundo na linha sucessória do coração da nobre dama Lúcia, vindo logo após Luís, do condado de yorkshire, deixou-me uma mensagem xingando minha cachorra (e nem eu vou entrar no mérito de que tipo de pessoa pertubada guarda desgostos em relação a uma cachorra, só porque certa feita ela lhe deu uma rosnadinha inocente, ao perceber seu coração frio), de forma tão desordenada e confusa que fiquei em dúvida se os impropérios eram realmente dirigidos à Pipoca ou a mim...

Meu caro amigo, me perdoe por favor...

Os leitores me acusam, me apontam seus dedos pelas ruas, me assediam... enfim, sou uma péssima blogueira, não tenho nada para dizer, contar ou mostrar. Abandono os meus visitantes ao léo, para que fiquem vendo apenas fotos velhas, lendo antigas novidades...Quer dizer, eu ia colocar mais fotos do meu quarto, agora com todas as adições finais, no melhor decor escapista(bugingangas adquiridas em euros)-meets catálago da tok&stok, porque ele está mesmo uma graça e, nesses dias de frio, nem quero sair do meu nobre leito. Ainda mais agora que, depois de certo dia descer do ônibus, ali, onde a 24 encontra a fabulosa terra da Mari (Mariland), me adentrei no maravilhoso mundo mágico da tok&stok (mais uma vez) e me presenteei com a extorsiva almofada da ópera de Paris (da qual meu pai muito riu e, novamente, disse que eu deveria consultá-lo antes de gastar meu dinheirinho em feijões mágicos). Enfim, como disse a Carrie no tenebroso "ex and tha city 2- a volta dos que não foram" tenho traído a moda com a decoração.
Enfim, mas eu me perdi em digressões e não coloquei as tais fotos porque, ai ai, as benditas insistiam em não se carregar, me deixando a olhar a ampulhetinha girar infinitamente até o limite da minha paciência. E é só isso, porque o semestre acabou e logo já começa outro, as time goes by, e eu não tenho que me preocupar em ser deportada por estar na Europa com o visto vencido, procurada viva ou morta pela polícia de fronteiras...
Demais disso, tudo na mesma, meus caros amigos...
Resumindo, vou citar o Chico que deixa qualquer post pra lá de chique:

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui na terra tão jogando futebol

Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta...


Mas, apenas para deixar vocês se mordendo de ciúmes, vou dizer que outro dia fui comprar botas de couro verdadeiro com a Eminente Colega Fernanda (ocasião em que experimentamos diversos sapatos e não levamos nenhum) e que, não fosse isso, tenho-as traído também com o grupo de meninas-namoradas-de-judeus, temos até grupo de emails...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Reprogramação


Essa sexta-feira cheguei para o meu pai e disse: pois é, percebi que vou ter que ficar aqui morando com vocês, então vou dar (ou vamos estar dando, como diria o pessoal do telemarketing do Itaú que vive me ligando oferencendo cartão, só o diabo sabe porque, que deus tem conhecimento das minhas finanças e bem sabe que não tenho nem onde cair mortinha) um eacauchtada geral ali no meu cafofinho, primeira porta à direita do corredor. Pois cheguei nele, o mantenedor do status quo, e disse: comprei uma cama. Ele se riu da minha estupidez, constatando o óbvio ululante: eu já tinha uma cama e, digo mais, com o que tu ganha no teu estágio deve ter comprado uma bem bagaceira nas casas Bahia e que eu devia consultá-lo antes de sair gastando meu dinheiro em feijões mágicos. Eu respondi rá rá rá, meu balãozinho, nunca vi balão ter pai! não pergunto justamente porque iam sair a me dissuadir de minhas loucuras. É que ele não havia se dado conta que eu tinha é comprado uma cama de casal (rá rá rá, meu balãozinho).
Para fechar tudo, comprei um edredom novo hipofaturado (hipo mesmo, porque eu tenho grandes pretensões de elegência que não são acompanhadas de verbas, nem próprias, nem paternas). Fui lá e pedi para o meu pai uma quantia simbólica de um terço do valor do verdadeiro edrodom (porque eu bem sabia que se eu chegasse dizendo quanto iria gastar, ele me internaria) e comprei o bendito, com estampa de nomes de várias cidades do mundo, para eu poder sonhar com outros horizontes.
estourados os créditos bancários, aguardo novo recebimento para ir saltitante adquirir as fronhas combinantes, quem sabe até capinhas de almofadas, a fúria consumista nunca tem fim...

Pipoca




Pipoca, pretinha sarara rastafari suingue sangue bom, também é brasileira, nascida em Guaiba de uma cadela analfabeta e de um cachorro senhorial branco aristocrata decadente que nunca lhe assumiu.

(rindo com a vitória brasileira)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Novas resoluções





Outro dia me peguei pensando na vida, assim, um pouquinho só, num cantinho da mente. Cheguei a conclusão de que meu ingresso em Hogwarts foi, sem dúvida, indeferido, ou, na melhor das hipóteses, a coruja se perdeu por aí, foi atropelada por um avião da Gol, vítima anônima, jazendo na floresta amazônica (pelo menos encontrou seu fim num paraíso tropical, concluí). Enfim, não creio que exista AR ou remessa controlada por GPS no que se refere às corujas. Talvez estivesse na hora de se contratar uma Fedex, Sedex ou qualquer outra boa empresa do ramo para entregar as cartas de aceitação em Hogwarts, diante da óbvia insegurança do meio escolhido. De qualquer forma, meu tempo para ingresso já passou do cabo da boa esperança e, agora, se muito, me resta fazer um supletivo em feitiçarias e encantos de todos os gêneros.

Daí, superadas todas aquelas fases de negação, barganha, ódio, tristeza e não sei mais o quê, cheguei a conclusão que tinha que mudar de objetivos. Resolvi que meu novo sonho de consumo é fazer mestrado em uma dessas universidades antigas lá do estrangeiro, com sede em castelos medievais, assim, bem Hogwarts.


Então é isso aí: mestrado em Hogwarts, botas sem salto novas (as minhas morreram de velhice de forma muito glamurosa na Europa) e um terceiro continente à sua escolha.

segunda-feira, 24 de maio de 2010


Leituras atrasadas, trabalhos em andamento, unhas ruídas e um tédio terminal...

O que aconteceu com nossa família?



Rivalidade.

segunda-feira, 26 de abril de 2010


A secretaria de relações internacionais da ufrgs anuncia: "abertas inscrições para a Universidade do Porto".

ai ai que saudosismo...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Hei, vocês aí!!

Você mesma, dona Lúcia in Madrid with diamonds, me lendo aí do outro lado, com seu olhar crítico, enquanto come milho verde. Presumo que seu desaparecimento decorre da crise de cinzas vulcânicas ou algum outro motivo de força maior que a impeça de se comunicar! A Mel eu até entendo, que a coitada não tem mais teto sobre sua cabeça.
Ok, ok, é bem verdade que pobre quando vai para praia, chove, e, quando vai para a Europa, um vulcão entra em erupção.

tempos de boi nos aires.

Janta

O que dizer sobre Malu Magalhães: bom, todo mundo odeia crianças prodígio. Para não comentar essa bizarrisse emo e coisa e tal, que os jovens de hoje aderiram.

mas é que meu coração de melão gosta muito desse tipinho de musiquinha nhenhenhe*.




*categoria artística musical em que se enquadra essa música, de acordo com os rígidos padrões leonardísticos (não vou nem entrar muito nessa questão vexatória, mas há quem pense que "a sua música" - supondo que alguém pode ter uma música como sua efetivamente, não no aspecto de direitos autorais, mas de afinidade intrínseca com sua existência, questão de profunda filosofia e nenhuma relevância - é "gosto muito de você, Leãozinho")

segunda-feira, 12 de abril de 2010

weekly report


Os maus começos requerem sempre, ao menos, uma errinho gramatical aqui e ali, bem escrachado, para mostrar de cara a completa ignorância do ser, esterrecido diante da magnitude infinito, ou algo assim, não necessariamente nesta ordem, óbvio ululante que pulula nas mentes humanas. Bem X Mal; Bom X Mau. I know, I know... O tribunal de Justiça disponibiliza cursos de português a todos os servidores, não aos estagiários, que, convenhamos, não são gente. Nem o corretor gramatical do word funciona no computador dos estagiários, by the way.

O professor diz que não se aprende o italiano direito porque as pessoas não sabem nem o raio do português, idioma demodê, tendo a gramática da cabeça assim, toda embaralhada. Fala isso bem na nossa cara, com aquele sotaque de professor de religião vindo direto e sem escalas da colônia. A estudante acha um absurdo, fica chocada, assim como se choca ao saber que, no fim das contas, dia 25 de dezembro, antes de ser natal, era uma mera festa pagã de adoração ao sol. Ela sempre achou que era o dia que tinha nascido o menino jesus, de sobrenome cristo, com filiação maria e o sr. espírito santo, conforme consta para a posteridade nos arquivos do terceiro registro de pessoas físicas de Belém (da judéia, não do pará), no melhor papiro e em bom aramaico.

A loira do corte chanel com personalidade veio me convidar para o grupo de direito internacional. Disse que a fulana de tal havia mencionado que eu tinha amplos conhecimentos no assunto. Antes de me comprometer, avisei que eu não sabia patavinas, apenas tinha uma casca superficial de conhecimentos que eu usava para impressionar os desavisados. Aliviada, ela me exclamou um "ufa! eu também!".

Hoje, conforme previsão orçamentária de número não especificado e decreto do exmo. sr. dr. meu pai, pintar-se-á meu quarto, nos termos da lei. A possibilidade de uma parede de cor berrante foi veementemente vetada em decisão monocrática-monocromática, pelo meretíssimo que a entendeu como completamente pavorosa. É bege e pronto, como querem o bom gosto e o galão de tinha já previamente comprado de forma unilateral. Fui notificada durante o final de semana da ordem de despejo de todos os meus cacarecos, as caixas seriam fornecidas pela Administração. Usei as benditas para guardar meus livros e cadernos e não coube mais nada. Meu requerimento de mais caixas foi indeferido sob a fundamentação de que as caixas eram exclusivamente para o depósito de objetos pessoais, os livros que fossem empilhados no chão. Recorri da decisão aduzindo que os livros, ao fio e ao cabo, eram de uso pessoal, mas meu jus sperniandi foi encarado como mera tentativa protelatória. Ao fim, criticou-se ainda essa minha idéia de empacotar rigorosamente tudo, até parece que vou me mudar (quisera eu; e bem que quiseram eles, que outro dia, ao fazer o inventário diário de filhas e cadelas, constatou-se que: i) a crespa 1 estava na pucrs; ii) a crespa 2 coçava as pulgas embaixo da cama; iii) a braquela estava em lugar incerto e não sabido, mas constava dos registros da superintendente local como tendo se mudado para a casa do namorado até o fim do período de reformas. Não fosse minha chegada para o jantar, ia-se entender como terra devoluta o meu quarto).

25 dias sem dormir em aula. Feito notável na minha colenda turminha julgadora. Especula-se por aí se eu aderi às anfetaminas, à ritalina, à cocaina, ou quaisquer outras "inas" por aí. Eu ressalto que simplesmente me curei da narcolepsia.


No mais, sem notícias no fronte.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Um mau começo

O povo, em lobby bem organizado por forças políticas ocultas, para não dizer mesmo subversivas, disse que era para eu ficar. E se é para alegria geral da nação, eu fico. Fico aqui, olhando para tela, pensando no que escrever, falando muito, sem dizer nadaao fio e ao cabo. Até posso ficar, mas, honestamente, não sei porquê, afinal, estou de volta ao velho esquema de escola-cinema-clube-televisão. Acho que então vou ficar só contando mentiras, que são, talvez, a forma mais próxima de se dizer a verdade, pero no mucho. Bom, já dizia o poeta, mentiras sinceras me interessam.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

De volta para minha saudosa maloca

Poix, acabou-se o que era doce e amanhã (sim, sim, amanhã mesmo, verifique seu calendário) estou voltando para o cantinho de fim de mundo de onde sai (é de Porto Alegre que estou falando, por óbvio, não de Vacaria, né - também não vamos exagerar). Aqui em Madri, onde estou escalada no sofá da Lúcia de novo, outro dia achei rolando pelo apartamento uns cartões postais deste meu velho lar e, nossa, francamente, que cidade bem horrorosa! Nem mesmo no postal cidade é bonita, sendo que devem ter colocado a melhor foto tirada por um profissional e posteriormente photoshopada com técnica, deusolivreguarde!
Mas, ainda assim, já dizia Dorothy, ao bater os calcanhares dos sapatinhos vermelhos (mágico de oz, lembra?) que não há lugar como o lar, entonces, vou admitir, assim, só entre nós, e não me vá espalhar para mais ninguém, já que não querem que pensem que eu não sou cosmopolita prafrentex, que eu já tava mesmo enjoada dessa tal de zoropa, lugarzinho mais primitivo.

Além disso, cabe mencionar que os meus sapatinhos vermelhos ficaram todos em Porto Alegre...

P.S. O Leo já voltou, por sinal. O menino estava tão ufanista que dizia aos quatro ventos que no Brasil sim que as coisas funcionavam e que a catedral de Porto Alegre, a qual, apesar de sua obsessão pouco saudável por igreginhas de todos os calibres, creio que ele nunca nem entrou na vida, não perdia nem um pouco pra essas igrejas que são vistas pelo velho continenete afora, que as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá, etc, etc...

Heidelberg





Porque eu vim do interior, gosto das cidades pequenas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Retrospectiva

Aproximadamente quarenta cidades, uma calça rasgada na bunda, duas fivelas das botas (uma de cada pé) arrancadas, três viagens de trem noturno, catorze viagens de ryanair, incontáveis souvenirs dos mais diversos tipos, cores e sabores, três guarda-chuvas virados, muitas calcinhas e meias lavadas no banheiro e secadas no aquecedor, um gorro perdido, um cachecol perdido e readquirido, um abafador de orelhas desaparecido, três frasquinhos de sorine, duas alças da mochila rasgadas (e recosturadas), uma roupinha de papai noel comprada para a Pipoca (must have), um pijama queimado, uma toalha abandonada em Porto, outra em Heidelberg, e mais uma em Madri (esta última doada para caridade: Lúcia).

Veja essa:

Enfim, momento quote:
"Mozart era tipo um Michael Jackson da época" by Leonardo, fazendo uma paralelo entre os artistas, já que ambos faziam sucesso desde a tenra infância, eram excêntricos e morreram subitamente de forma misteriosa.

Naqueles tempos em que eu usufruía da assinatura semanal do meu papito, eu sempre começava pelo Veja essa.
Mas, como assim, relógio d'água? Será que Maricota voltou anonimamente para Porto Alegre e foi flagrada por um paparazzi no bom e velho Iguatemi?
Não, não,minha gente. Não há motivo para comoções sociais, nem tampouco para correr até a Mariland (terra da Mari, um ótimo trocadilho realmente), é só que em Berlin tem um relógio d'água igualzinho ao do Iguatemi.

Berlin Mauer




Em Berlin, nas boas lojas de souvenir, é possível adquirir seu próprio pedacinho do muro. Acho que, por um lado, a comercialização do muro é uma forma última de humilhação ao comunismo, e, por outro, é uma baita pilantragem. Ora, é de se perguntar, quando o muro caiu, alguém já foi lá se adiantando para recolher os destroços, prevendo a possibilidade econômica de vendê-los? ou então, sempre que começa a se esgotar os estoque, vai-se lá para dar uma quebradinha na parte do muro que sobrou e conseguir mais mercadoria? E, em última análise, o que afinal de contas é isso, a transformação do símbolo da guerra fria em relíquia? Seja como for, aposto que, juntando todos os pedacinhos já vendidos nos últimos vinte anos, é possível fazer a muralha da China.

Parafraseando Drummond

Com o russo em Berlin...
meu copel velho...
camarada Marx, uma figurinha esse cara...

check point, fácil de entrar e difícil de sair...
Chegando com o russo em Berilin:

(...)

Esperei (tanta espera), mas agora,
nem cansaço nem dor. Estou tranqüilo.
Um dia chegarei, ponta de lança,
com o russo em Berlim.

O tempo que esperei não foi em vão.
Na rua, no telhado. Espera em casa.
No curral; na oficina: um dia entrar
com o russo em Berlim.


(...)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

the hills are alive...





Ainda no preenchimento de buracos no roteiro (e com o fim último de não ir mesmo-nem-que-a-vaca-tussa para Cracóvia) fomos para Salzburg.


Ah, este é exatamente o mesmo quiosque da musiquinha "I'am sixteen going on seventeen...". Infelizmente, ele é mantido trancado desde que uma velhinha quebrou o quadril enquanto pulava de uma banco para o outro, ao tentar dançar e cantar como na cena do filme.

Mr. Mickey Mouse for president


Já não é de ontem que tenho cultivado a idéia de que se deveria pegar aquela listinha da unesco de locais patrimônio da humanidade e entregar a administração dos benditos para Disney. É, pode parecer loucura, mas vamos vencer este preconceito e parar para pensar sobre o assunto. Nunca aconteceu de você, caro telespectador, fazer toda uma dura jornada por esse mundão afora, tão-somente para ver um certo lugar X, chegar lá, e o negócio estar fechado, ou sujo e pouco cuidado, ou os atendentes serem incompetentes e mal educados, ou os banheiros mais fedidos que a Adubos Trevo S.A., em resumo, uma completa decepção? Neste momento, é de se pensar: como que esse pessoal pode ter tão pouca visão? Don't they know their business? Ora, esse tipo de coisa nunca aconteceria na Disney. pois quem já foi sabe que até a última gota de veia turística é explorada competentemente (e os banheiros são limpos). E, se partindo do nada, constroem se nos parques coisas fabulosas, uma terrinha dos sonhos, então imagina o que não se poderia fazer com as coisas de verdade. Ok, talvez tudo isso seja uma medida um tanto drástica, porém, seja como for, o que eu quero dizer é que a administração dos pontos turísticos deveria "pensar disney".

As fotos abaixo apenas demonstram meu ponto, pois são de locais super extra disney, tendo algum deles até mesmo inspirado a própria e excelsa empresa em toda a sua glória:

Essas duas fotos acima foram tiradas em uma cidadela da Bavária, tendo na verdade uma pequena historinha de fundo. É que, certa feita, quando o Leonardo resolveu inventar que queria ir para Cracóvia (sim, sim, vai entender), diante das minha enfáticas negativas, fui indagada para onde diabos então eu queria ir (naquele tempo - leia-se duas semana atrás- tínhamos um buraco em nosso roteiro). Foi aí que eu respondi que queria então ir ver um castelo alemão, que tinha inspirado o castelo da Bela Adormecida. Ainda que sem saber o nome ou o local preciso do dito cujo, eu sabia da existência dele, porque quando eu era criança recebi um postal da minha tia com a fotinho do bendito.
Apesar da descrença de que eu sequer fosse descobrir qual que era o tal castelo, já que não dava para por no google "castelo do postal da titia", para o embasbacamento do descrente Leonardo, o Neuschwanstein Castle, não só é famosíssimo, como é mesmo cartão postal da Alemanha.

Estas outras duas fotos são em Budapeste. A mais de cima não deixa dúvidas, qualquer semelhança não é mera coincidência. Sim, sim, é o castelhinho que sempre aparece antes do começo daqueles filmes clássicos tão adorados por toda a família pequeno burguesa que se preze. O segundo não é especialmente famoso, mais eu achei igualmente adorável.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

domingo, 14 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Castelo de Sant'Angello


O castelo de Sant'Angello é na verdade construção que remonta aos tempos do ariri, sendo, no fundo, o mausoléo de Adriano. O papa, sem mostrar nenhum respeito pelo finado, certa feita, resolveu se apoderar do prédio, naquela época em que o santo padre era do pau oco, porém verdadeiro rei de Roma, sendo intolerável a história do rato roer a roupa do rei. Por isso mesmo, o castelo tem uma passagem nada secreta que dá na basílica de são pedro, esta muito explorada no tal dos "anjos e demônios". A passagem era de grande importância porque, apesar do que possam dizer as carolas, a igreja não é fortaleza, e na hora que a porca torcia o rabo o papa não podia ficar assim exposto ao fogo inimigo. A última vez que noticiadamente esta passagem foi usada foi na ocasião da unificação italiana, quando a igreja perdeu Roma para os italianos (porcamiseria), se refugiando no castelo "como prisioneiro" até àqueles bons tempos de fascismo, quando foi criado o Estado do Vaticano.

casa de Augusto



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

San Gimignano

A cidade medieval em que abunda (outro termo que eu acho divertido) todo o charme da toscana:
pena que não dá para ver nada por causa da neblina.

Ah, eu também fui!


Como diz o Asterix: "Ils sont fous ces romains!


Moises with lasers


Esta é a estátua de Moises feita por Michelangelo. Realmente, nada como um profeta garboso, parrudo e...chifrudo? Pois é, parece que, naqueles tempos, já que não havia ainda a ferramenta de idiomas do google languages, em razão de um erro de tradução do aramaico do antigo testamento, se acreditava que Moises tinha efetivos cornos... quando todo mundo sabe que quem deveria ter mesmo era aquele santo sujeito que engoliu a história da virgem Maria.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Itália, sempre igual, sempre diferente

Roma by night:Florença by night:

Porque na natureza nada se cria...

Apenas se manda derreter para fazer algo diferente, ué.



O Pantheon romano, construção que manteve melhor sua integridade arquitetônica, pelo menos, em relação aos demais prédios daqueles outros carnavais, teve em seus bons tempos seu domo recoberto por cobre, uma boas toneladas. Um belo dia, o Papa resolveu mandar derreter o tal, para fornecer matéria prima ao baldachino de Bernini, que hoje enfeita a basílica de São Pedro.