sábado, 28 de novembro de 2009

the phanton

He's there the phanton of the opera...


Next tuesday, the diference is that I'll be there too.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O all star absolutista



aos 18 segundos aparece um all star propositalmente ali largado, um dos sapatos de Maria Antonieta

Tetro



Tetro, o novo filme do Coppola, é simplesmente excelente.

porque os anos oitenta estão na moda

No bosque das fadas


O interior da sagrada família é uma floresta. A obra sem fim continua perseverante, sendo executada na proporção de 1:10 do projetado por Gaudí e, ainda assim, não chegou nem a sua metade.

I'm staying alive

Segunda-feira é dia de faxina aqui em casa. Com esse frio, fico umas duas horas sentadas no sofá reunindo forças para tanto: "Daqui quinze minutinhos vou fazer a faxina...daqui mais dez minutinhos vou me levantar e fazer a faxina...daqui impreteríveis vinte minutinhos...".
Depois de muita protelação inútil, finalmente tomo uma atitude. Tenho me virado surpreendentemente bem, uma dona de casa de mão cheia. Coloco uma música bem alta e o cabo do esfregão é meu microfone.



Staying alive, belive it or not.

Counting down

águas dançantes






Viajando com estilo


Na Europa, se viaja barato pela famigerada Ryanair, grande vendedora de assentos à preço de banana para os macaquitos brasileños. Por motivos de economia, seus sacos de vômitos foram retirados, afinal ninguém precisa disso mesmo e, em caso de necessidade, faça o favor de tentar não sujar o pobre infeliz ao seu lado. Ouvi dizer, aliás, que o próximo passo será a remoção dos banheiros e "senhores passageiros, há um pinico sob os seus bancos". Em resumo, a farofagem só não é mais generalizada porque ainda não se permitem o transporte de galinhas à bordo, nem de vendedores ambulantes de qualquer tipo, nem há indianos de turbante se equilibrando no lado de fora da aeronave.
Para usufruir de tão fabulosa companhia aerea, porém, é preciso, antes de tudo, certa perspicácia porque, apesar de dizer que a passagem está, digamos, cinco euros, no fim há todas aquelas pequenas taxas desinteressantes, das quais nunca ninguém se lembra, mas que leva o valor aos quarenta e poucos euros. Em segundo lugar, o passageiro ryanair é um indivíduo com grande capacidade de síntese, pois se você, seu almofadinha, quer levar todos os seus super fashion looks e despachar bagagem, vai ter que pagar mais caro. Ou seja, limite-se a uma bagagem de mão, único volume, nas estritas medidas de 50 X 30 X 20, ou algo assim ,tipo uma mochila ou malinha efetivamente pequena. Eles têm inclusive uma caixinha de molde, caso sua malinha invente de não caber, so sorry, vai ter que despachá-la. É bem verdade, contudo, que controlar o tamanho das bagagens de todos é muito contra produtivo (o que vai contra a filosofia da empresa, que só tem por orgulho sua produtividade, simbolizada nos vôos pontuais). Assim sendo, para manter todos andando na linha, o negócio é de vez em quando pegar um trouxa para fazer de exemplo.
Ontem, no aeroporto o escolhido foi o Leonardo, consumidor compulsivos de casacos zara, e sua gordinha mala. Estávamos lá, no fim da fila, quando foi avisado que teria que ir para frente testar sua bagagem. Eu fiquei ali na fila, guardando nosso lugarzinho cativo. De longe, entretanto, vi que, de fato, estavam sobrando gordurinhas naquela mala, a qual, consequentemente, não coube na caixa. Percebi que a coisa ia mal quando o vi balançando o braços enfativamente à funcionária da companhia, numa efusiva gesticulação. Mas como a nobre senhora estava irrdutível àquele excesso e o Leonardo estava irredutível à idéia de arcar com o mesmo, a solução foi abrir a mala e colocar um blusão e mais outro e a capa e o casaco, um por cima do outro, e completar guardando o saco com meias nos bolso, para finalmente conseguir fazer a mala servir nos estritos padrões de tamanho. da empresa Diante de tão fantástico êxito, uma salva de palmas retumbante no portão de embarque ao brasileiro que não desiste nunca.

P.S. Depois de retornar esbaforido para o nosso lugar da fila, todo corado, o Leonardo retirou as diversas camadas de roupa e recolocou-as dentro da mala, de onde nunca deviam ter saído.
P.P.S. É de ser feita referência também que a ryanair é famosa por ser a companhia com menor incidência de perda de bagagem na Europa. Ora, se niguém despacha mala mesmo, levando só uma bagagem de mão, realmente não existem malas a serem perdidas nos solitários porões do avião.

sábado, 21 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Freixenet


Apenas 5, 35.

at last, na Europa

Ontem cheguei em Barcelona. Quer dizer, mal sabia eu que meu voô extra-cheap nem era para Barcelona uma pinóia, era para a tal de Girona, nos arredores ou coisa assim, e que seriam necessários mais vinte e um euros para chegar ao meu destino final. Não que eu tenha dado muita importância, fui olhando pela janela do ônibus a bucólica paisagem invernal, com as árvores já todas peladinhas.
Só então chegamos ao hostel e, quem diria, na recepção, dois brasileiros, mais especificamente, gaúchos. Eles nos pergutaram se estávamos fazendo mochilão e nós explicamos que estávamos morando em Portugal. Nisso, o rapaz disse: "ah, um ótimo país Portugal, bem pertinho da Europa!".

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

um velho favorito

...e aqui é um lugarzinho para estender roupa



Eu tenho uma amiga chamada Lúcia (Hey, Lucy, olha eu aqui te televisionando!). Os pais da Lúcia se chamam tia Cláudia e tio Pedro (os tios são por minha conta), um casal de arquitetos de douto conhecimento acadêmico, professores da faculdade de Arquitetura da UFRGS (e só não me prolongo nas aptidões culinários porque isso não tem nada que ver com o presente caso). Pois bem, um belo dia, quando eu estava lá escalada em sua nobre residência, eles me contaram a história de uma tal de Ana (que, por ironia do destino, e, dadas as proporções de ovo de Porto Alegre, tinha sido colega-menina-prodígio-brilhante do Leonardo na escola), a qual teria rodado umas quantas vezes na disciplina de projeto e, por fim, abandonado o curso. A tal menina tinha um sério problema em todos os trabalhos apresentados: independente do que diabos ela estivesse projetando, sempre havia mirabolantemente que ter "um lugarzinho para estender roupa". Repetidamente, não importando o argumento, "aqui é isso, aqui é aquilo...e aqui é um lugarzinho para estender roupa". Enfim, era uma obsessão incurável, o lugarzinho para estender roupa era sempre sua prioridade.
Bom, ocorre que, aqui na maravilhosa terra da Camões, nos micro apartamentos de aproximadamente um zilhão de anos de idade, localizados em prédios coladinhos uns nos outros, não existem varais, que dirá lavanderias propriamente ditas. Eu, por exemplo, já tenho sorte de não ter que pendurar minhas calcinhas na janela, pois tenho uma sacadinha onde colocar minhas roupas para secar com alguma dignidade. Acontece, entretanto, que em Porto já faz quase três semanas que chove incessantemente (ênfase no incessantemente), de forma que tive de promover o banheiro à lavanderia. O meu pobre banheirinho ,decorado com motivos de vaquinha, sequer uma janelinha tem, não circula nem um ventinho que seja, condenando minhas roupinhas ao bolor.

Em resumo, o que eu quero dizer mesmo é que...ai, como eu queria um lugarzinho para estender roupa!

Longchamps

Château d'If




O château d'If fica em uma pequena ilha perto da costa de Marseille. É um dos pontos turísticos mais pitorescos, pois aqui foi o local do injusto aprisionamento do Conde de Monte Cristo (não levando em consideração, é claro, que a história é pura ficção de Alexandre Dumas).

domingo, 15 de novembro de 2009

Allors...ceci l`Europe?

Marseille, a cidade mais antiga da França, fundada pelos gregos com o título de Massalia, terceira metrópole francesa, esculpida para ser bonita por natureza, deitada sobre o mediterrâneo. Charmosa? Sem dúvida, mas também logo ali, de cara para a África e a Ásia, tão longe de deus e tão perto do terceiro mundo. Na cidade, realmente, há momentos tensos, talvez porque cada colonizador do passado tenha hoje os imigrantes que merece. A cidade é polo de concentração de africanos e árabes, quase todos muçulmanos. Nada contra, em absoluto. Mas a verdade é que aí se concentram núcleos pobres, com poucas oportunidades, que estão efetivamente à margem da el dourado européia. Daí não é de se estranhar o crescimento da criminalidade, a formação de algumas gangues e a total impossibilidade de, por exemplo, se andar a pé depois do anoitecer. O perfil das figuras é que assusta, pois se é bem verdade que o Porto também está cheio de estrangeiros, é fato que a maioria destes são estudantes, pobres, porém limpinhos e em alegre procissão, enquanto que em Marseille parecem todos estar numa barca furada que nunca alcança o navio europeu. Em resumo, por lá, ser latino-americano já é luxo, então é passo apertado e passaporte seguro dentro do forro do casaco.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Idéias


"Tá olhando o quê, hein? Nunca me viu? Hunpf! Esses humanos..."

Europa das calorias


Quando eu falei para minha mãe que vinha para a Europa, assim, casualmente, como quem comenta a previsão do tempo, ela, como lhe é de hábito, porque até parece que não me conhece, não me levou a sério e, rindo-se, se limitou a dizer que eu ia era morrer de fome.
A verdade, contudo, é que a não há nada mais fácil do que engordar aqui no velho continente de delícias. Tá certo que na primeira semana as vacas foram mesmo magras pois eu passava todo meu dia para cima e para baixa atrás de um cafofinho para chamar de meu, tudo a pé, já que o metro me dá certa insegurança (a gente não vê para onde está indo, uma loucura) e eu não tinha o que comer, senão o café da manhã do hostel e um pacote de bolachas para durante o dia.
Depois de estabelecida, o regime vai se perdendo, o mais barato é sempre aquela bobagem que no Brasil é cara:milka por um euro, nutella por dois euros, queijos nem se fala e tudo isso regado de vinho do porto de cinco euros, ou ainda, se não for dia de esbanjar, vinho verde por setenta e cinco centimos. Logo vi que isso não ia prestar, imaginem se minha mãe generala-mor dos vigilantes do peso me visse assim, e tentei me conter, comprei um abacaxi made in Brazil para meu lanche (que resultou numa terrível dor de barriga). Não desisti, entretanto, da minha meta: agora porcarias apenas nos finais de semana e dias sacros-pagãos. Essa semana , por exemplo, comi muita cenoura com brocólis e meu potinho de nutella que só durava uma semana e olhe lá, já está com quase três semanas.
Mas também, caros leitores, não precisam se preocupar que são apenas medidas preventivas e que qualquer aumento de peso, se é que este houve, permanece imperceptível, senão aos olhos do primeiro-sargento dos vigilantes do peso, que me diz ao telefone que devo correr e comer só legumes, enquanto, no seu lado da linha, pinga sorvete no pijama, após se refestelar com bife à parmegiana.

Marseille

Allons enfants de la Patrie!!

em algum lugar do passado


Hoje eu caminhava sem rumo certo, atrás de carimbos lusitanos que comprovassem minha residência na nobre freguesia de Cedofeita. Caminhava em vão, diga-se de passagem, porque todos tem uma desculpa para a pobre estrangeirinha que à toa se embucha de bolinhos, na tentativa de ganhar a simpatia dos lojistas. Sigo meu rumo, os passos pesarosos, olho uma que outra vitrine e lá está, na "montra" sorrindo. Olho para ele, ele olha para mim, aquele enternecimento súbito, amor a primeira vista, fetiche do consumo. Entro na lojinha e, como não poderia deixar de ser, aguardo que o velhinho mais empoeirado que os livros das estantes se digne a me atender. Digo que queria dar uma olhada nos estojos e ele os coloca em cima do balcão. Toco nas latas frias, cheias de lembranças quentes e aquareláveis, em todas as nuances de cor. O preço, porém, é dos mais amargos, e mal começou novembro, e há muitas viagens previstas, e não posso sair assim a gastar como a perdulária que sou. A tentação é terrível, concluo que vale a pena, tudo vale a pena, se a alma não é pequena, já dizia o poeta. Mas depois me recordo que não há razão para tão desmedida compra, se não desenho já faz tanto tempo, se já nem sei mais o que desenhar, se acho que nem sei mais desenhar, se parece que tudo isso já acabou, que passou o tempo e o vento levou.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Hair

em memória de tempos cabeludos...

não quero luxo nem lixo

meu sonho é ser imortal




quer dizer, um pouquinho de luxo até que vai bem...


De boa em Lisboa...

Lisboa é realmente Europa, o resto é puramente wannabe...



Obs: destaca-se o excepcional enquadramento realizado pelo cameraman...

Aniversário

Mais um aninho que passa, e eu passarinho...


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Errata


Minha mãe me corrigiu hoje mesmo sobre eu ter falado que meus ancestrais índios devoraram uns alemães, pois, a bem da verdade, por mais incrível que pareça, meu avô, apesar daquela pinta de índio apache, tinha também uma ascendência alemã (sem a necessidade de canibalismos).
Então tá, né.

Maitena


Ontem ganhei um livro "curvas perigosas" da Maitena e já li tudo numa só sentada.