Marseille, a cidade mais antiga da França, fundada pelos gregos com o título de Massalia, terceira metrópole francesa, esculpida para ser bonita por natureza, deitada sobre o mediterrâneo. Charmosa? Sem dúvida, mas também logo ali, de cara para a África e a Ásia, tão longe de deus e tão perto do terceiro mundo. Na cidade, realmente, há momentos tensos, talvez porque cada colonizador do passado tenha hoje os imigrantes que merece. A cidade é polo de concentração de africanos e árabes, quase todos muçulmanos. Nada contra, em absoluto. Mas a verdade é que aí se concentram núcleos pobres, com poucas oportunidades, que estão efetivamente à margem da el dourado européia. Daí não é de se estranhar o crescimento da criminalidade, a formação de algumas gangues e a total impossibilidade de, por exemplo, se andar a pé depois do anoitecer. O perfil das figuras é que assusta, pois se é bem verdade que o Porto também está cheio de estrangeiros, é fato que a maioria destes são estudantes, pobres, porém limpinhos e em alegre procissão, enquanto que em Marseille parecem todos estar numa barca furada que nunca alcança o navio europeu. Em resumo, por lá, ser latino-americano já é luxo, então é passo apertado e passaporte seguro dentro do forro do casaco.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário