quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Castelo de Vincennes
O castelo de Vincennes é um ponto turístico de Paris menos frequentado, que apenas os viajantes mais desocupados vão visitar, como minha pessoinha, que passou dez dias inteirinhos se bobeando na cidade luz. Lembra um pouco a torre de Londres, só que é mais francês, como se é de esperar. Costumava ser um palácio de férias, para passar o verão, ir caçar e coisa e tal. O irônico é que férias para o rei e a rainha, representava também ter férias um do outro. Assim, eles tinham cada um seu próprio palacete, separados por mais de duzentos metros para não ter que aguentar nem a sombra um do outro.
Na cama com Maria Antonieta
Na realidade, a verdadeira cama se perdeu naquela muvuca da revolução, sendo esta apenas uma réplica, de temática bucólica para combinar com seu petit trianon, onde ela se refugiava da chaticesse irremediável dos cortesãos de Versailles. O estranho é que pelo filme da Sophia Coppola, eu achei que esse palacete era mesmo num meio de um campo longínquo, mas é no quintal do palácio real, menos de cinco minutinhos a pé.
A divina comédia
Rever fotos faz com que nos lembremos dos momentos especiais que elas representam. Nestas fabulosas fotos da Sacre Coeur, por exemplo. Observando a linda neve e o frio gelo sobre Paris, os quais parecem muito glamurosos em um primeiro olhar, me recordo de como, nesta mesma neve, ao tentar posar para a foto acima, sai escorregando de bunda escada abaixo e acabei estatelada no chão. Temendo uma cena de dramalhão mexicano, ou melhor, brasileiro, em que eu desataria a chorar, do alto de sua armadura brilhante e alazão branco, o Leonardo tentou me socorrer e acabou caindo escada abaixo também. Pois é, terminamos os dois no chão, para o entreterimento dos demais turistas. C'est la vie.
you can speak turkish with me
Porque este blog já contém um grande exerto da grandiosa obra inacaba, as "Reinações de Leonardo - uma bibliografia não autorizada", cabe mencionar esta dramática história ocorrida hoja pela manhã, a qual testemunhei com estes olhinhos que a terra há de comer.
Bom, antes de tudo, cabe mencionar que o Leonardo fica muito faceirinho quando por algum motivo qualquer, em geral por causa do nome de tartaruga ninja e do idioma latino desconhecido no restante do mundo, julgam que ele é italiano, enquanto que costuma ignorar as ocasiões em que pensam que ele é espanhol (português é quase um língua morta no restante da Europa, uma lenda, um mistério, uma moda que passou). Não obstante, nesta fatídica manhã, na fria estação de trem de Haia, ao pedir informações em inglês no guichê, o atendente assim falou: "but you can speak turkish with me".
Lamentável, foi muito difícil se recompor de tamanha ofensa.
Bom, antes de tudo, cabe mencionar que o Leonardo fica muito faceirinho quando por algum motivo qualquer, em geral por causa do nome de tartaruga ninja e do idioma latino desconhecido no restante do mundo, julgam que ele é italiano, enquanto que costuma ignorar as ocasiões em que pensam que ele é espanhol (português é quase um língua morta no restante da Europa, uma lenda, um mistério, uma moda que passou). Não obstante, nesta fatídica manhã, na fria estação de trem de Haia, ao pedir informações em inglês no guichê, o atendente assim falou: "but you can speak turkish with me".
Lamentável, foi muito difícil se recompor de tamanha ofensa.
Chiquita bananen
Na Holanda, chama-se banana pela denominação carinhosa de "chiquita bananen" (not kidding). Hoje eu, que sou maricota, sou chiquita, sou da bacana, não vim da Martinica, mas me visto com casca de banana nanica, fui bela e saltitante ver ansiosamente o meu sonho de consumo, corte das cortes, the International Court of Justice de ninguém menos do que a Organização das Nações Unidas. Chegando lá em pulinhos serelepes, tive de ouvir de uma holandesa gorda, quase tanque de guerra, que eu não ia poder entrar, que tem que marcar hora, que não tinha mais vaga, que não há exceções, que azar o meu se amanhã eu já ia para Amsterdam. Ficou até debochando de mim, se é que eu posso com isso. A legítima vache qui rit.
mas quando é que Paris alucina?
Paris é uma cidade maravilhosa, coisa de outro mundo, realmente de cinema. O defeito dela, porém, não é singelo: está cheio de parisienses, a gentinha mais fedorenta, arrogante e antipática do mundo. De fato, eu bem que já tinha ouvido dizer que o francês é o argentino da Europa. Odiado por todos os demais, ele tem bastante consciência desta sua condição, mas não está nem aí para isso, achando que é, afinal de contas, a pérola do continente, vítima da inveja dos demais. Existe uma recusa determinada em jamais, nem que a vaca tussa e porcos voem, a falar inglês, e, se muito, arranha-se um espanhol sofrido. Para quem já é ao menos de um idioma latino, até é possível se virar. Fiquei é com peninha dos japoneses, que só sabem mesmo é inglês e, por isso, só podem utilizar a linguagem internacional do cartão de crédito.
P.S. desconfio que esta recusa em falar inglês se deva também ao fato de o sotaque do francês seja deveras ridículo.
P.S. desconfio que esta recusa em falar inglês se deva também ao fato de o sotaque do francês seja deveras ridículo.
sábado, 26 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
vão-se os anéis, ficam os dedos...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Este meu glamour decadente
Estou hospedada em Montmartre, bairro dos boêmios, dos artistas e das prostitutas, não necessariamente nesta ordem, sendo quase meu vizinho o famigerado Moulin Rouge, perto das boas casas do ramo, dos melhores sex shops de Paris, como o tal "sexodrome" e da casa de dança burlesca, seja lá o que for isso, Madame Arthur.
Felizmente, estou também próxima da santa Sacré Coeur, Igreja que foi justamente construída para salvar as pecadoras almas que cá tinham grande densidade demográfica. E, para terminar o exorcismo dos demônios, durante o café da manhã, coloca-se de música de fundo os bons cânticos cristãos de natal, tais como Glória, Aleluia e Ave Maria.
Felizmente, estou também próxima da santa Sacré Coeur, Igreja que foi justamente construída para salvar as pecadoras almas que cá tinham grande densidade demográfica. E, para terminar o exorcismo dos demônios, durante o café da manhã, coloca-se de música de fundo os bons cânticos cristãos de natal, tais como Glória, Aleluia e Ave Maria.
O fabuloso incidente do gorrinho desaparecido
Primeira tentativa de suicidio, o gorro em fuga flagrante.
O gorro presente, junto com Maria Madalena.
O gorro presente na foto com o Código de Hamurabbi
O gorro junto às colunas de Dario.
Onde está o gorro? Um mistério indecifrável, de fato. Veja-se que ele não passou nem sequer do período clássico e já se pirulitou. Desgraça em nível de tragédia grega.
É claro, porém , que perto desta pobre diaba que perdeu ambos os braços e, ainda por cima, fica assim exposta sem nenhuma dignidade perante milhares de japoneses enlouquecidos, máquinas Nikon em riste, meu drama perde importância.
O gorro presente, junto com Maria Madalena.
O gorro presente na foto com o Código de Hamurabbi
O gorro junto às colunas de Dario.
Onde está o gorro? Um mistério indecifrável, de fato. Veja-se que ele não passou nem sequer do período clássico e já se pirulitou. Desgraça em nível de tragédia grega.
É claro, porém , que perto desta pobre diaba que perdeu ambos os braços e, ainda por cima, fica assim exposta sem nenhuma dignidade perante milhares de japoneses enlouquecidos, máquinas Nikon em riste, meu drama perde importância.
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
mamãe, mamãezinha, perdi as luvinhas...
Quando eu era criança eu tinha um livrinho que em o enredo básico era uma complicada trama, com a profundidade de um prato de sopa, quase um realismo russo, em que os filhotinhos de gato perdiam suas luvinhas e eram xingados pela mãe. Pois é, mãe, as luvas eu não perdi, coisa nenhuma. Mas meu gorrinho de tigrinha, novinho em folha, ai ai, foi para o beleléu mesmo...
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Les Bananes Brésiliennes
Outro dia fiquei morrendo de pena da pobre banana, única madura em seu cacho, assim amarelinha, embora a pontinha ainda seja meio verde. A infeliz frutinha tropical me contou, assim como um passarinho, que teve que ir sozinha ver o museu Van Gohgh em Amsterdam porque as demais pamonhas (estas ainda verdes feito limões) não tinham grande interesse pelo tema.
P.S. A figura, na verdade, é de um quadro de Gauguin, Les Bananes, o qual, apesar de ser de diferente autor, considerei de temática pertinente. E, de mais a mais, Gauguin era grande amigo de Van Gogh, então estamos todos em casa.
P.P.S. A referência ao quadro não é mera coincidência, já que vi o bendito hoje mesmo no Musée d'Orsay, e, supondo que algum dia eu faça minha própria série de coisas mais lindas que já vi paradas, ele vem entre os primeiros escalados craques da minha seleção.
P.S. A figura, na verdade, é de um quadro de Gauguin, Les Bananes, o qual, apesar de ser de diferente autor, considerei de temática pertinente. E, de mais a mais, Gauguin era grande amigo de Van Gogh, então estamos todos em casa.
P.P.S. A referência ao quadro não é mera coincidência, já que vi o bendito hoje mesmo no Musée d'Orsay, e, supondo que algum dia eu faça minha própria série de coisas mais lindas que já vi paradas, ele vem entre os primeiros escalados craques da minha seleção.
Oooh la la! je suis ici!
Estou aqui em Paris, tomando neve no meu lombinho brasileiro. But it's ok, porque estou usando meia-calça + legging + jeans + meia de algodão + meia de lã, então gelei só um poquinho, quase nada, meus nobres pézinhos (amanhã acrescentarei um saquinho plástico e, talvez, um jornalzinho brother para compor meu glamour decadente).
beijinhos a todos, penso em vocês!
Joyeux Noël!
beijinhos a todos, penso em vocês!
Joyeux Noël!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Os chatinhos
Este final de semana fiquei no meu velho novo Porto, na companhia de dois senhores muito enjoadinhos: Mr.Hart e Mr. Fuller. Eles simplesmente não se entendem, passam todo o tempo batendo boca, uma baixaria, não aceitam que o outro possa ter a última palavra. Eu acho que discussão assim, tão cabeluda, ainda que positiva e natural, é uma ofensa ao meu bom nível. Meu pai sempre disse que roupa suja se lava em casa, não na Harvard Law Review.
Da fabulosa lógica tupiniquim
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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