quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Money que é good nós não have II


Em Londres fiquei nos piores hostels do mundo. Realmente,muito ruins, terríveis, sujos, cafonas e com chuveiros gelados (naquele frio!). Cada dia era um esforço físico, psíquico e emocional manter a higiêne dentro dos meus estritos padrões de qualidade. Realmente, só com o sangue de índio latino-americano pobre, porém limpinho, para não abdicar do banho. De fato, em Londres foi o lugar onde vi, quer dizer, senti as pessoas mais fedorentas da minha vida (muito embora eu duvide que o londrino da gema tenha que suportar duchas de tão má qualidade, ao que presumo que o seu budum advém de pura porquice mesmo). Mesmo sendo quase inverno, no metro existiam cheiros de outro mundo, que faziam qualquer ônibus lotado saindo do Mercado Público de Porto Alegre em pleno verão parecer um mar de rosas, chanel n 5 - e eu ressalto que todo o tempo que já estagiei no centro me dá conhecimento de causa.
Não fosse apenas isso, um dos hostels era um verdadeiro caos arquitetônico que deixava bem explícito o quanto aquele prédio não havia sido projetado para seu fim atual. Havia a recepção, em um corredor ao lado esquerdo estavam diversos quartos (o nosso entre eles), mas os banheiros ficavam somente no andar de cima. Assim, era preciso levar todas as tralhas para o banho lá para cima e depois descer já fardado com o seu pijaminha, passando pela entrada do hostel, onde havia sempre uma montoeira de gente bebendo, conversando e o diabo. A mesma coisa ocorria se antes de dormir viesse uma vontade de fazer xixi ou tivesse que escovar os dentes. Ou seja, enquanto a galerinha do mal estava mucho loca no hall, passava a Maricota bacana lá da Martinica, vestindo seu garboso pijama do Snoopy. Resumindo, eram os bananas de pijama em alegre procissão para o inglês ver.

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