Esse mês meus passarins que tanto queriam pousar, que acabaram tendo de voar, porque o tiro partiu, mas não pegou, e que o mato que é bom o fogo queimou, e que o rastro a chuva apagou, e que passou o tempo e o vento levou, vão poder finalmente aterrisar por aqui.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Passarim, me conta, então, me diz...
Esse mês meus passarins que tanto queriam pousar, que acabaram tendo de voar, porque o tiro partiu, mas não pegou, e que o mato que é bom o fogo queimou, e que o rastro a chuva apagou, e que passou o tempo e o vento levou, vão poder finalmente aterrisar por aqui.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
UFRGSMUN
ah, nesse último vídeo eu apareço precisamente ao 1:30 min, 2:35 min e 4:06 min (ai, que boboca!)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Don`t watch me dancing
Sways between suitors on a broken heel
Of course her desires they always mistook
She'd rather've been scarred than be scarred with loathe
In conversation she often contends
Costumes build customs that involve dead ends
She found her courage in a change of scene
This Sunday's social would be short its queen
All her best years spent distracted
By these tired reenactments
With the right step she'll try her chances
Somewhere else
There he is a step outside her view
Reciting the words he hoped she might pursue
Night upon night a faithful light at shore
If he'd only convince his legs across the floor
Please, don't watch me dancing
Oh no, don't watch me dancing
Something changes when she glances
Enough to teach you what romance is
With the right step they try their chances
Somewhere else
foto de outros carnavais mais tupiniquins.
Made in Brazil III

Lá pelas tantas, alguém sugere uma foto dos brasileiros, daí é um deusolivre de gente saindo de todos os cantos, com todas as caras e caretas, gritando "tira mais uma que eu não saí nessa!", e se aglomeram quatro, cinco, dez, trinta brasileiros, um em cima do outro, todos lutando pelo seu lugar ao sol na fotografia.
"well, yes...but, you know, in Brazil we have all these diferents roots, from all kinds of countries"
"oh, really?"
"yes, sure. My self, for exemple, I have italian,portuguese and indian blood."
"and german too?"
"well, you see...it's just that... my indian ancestors ate some unaware german guys..."
Lucy in the Madri with diamonds
P.S. estou no aguardo do meu "pouso" em Madri, hein!
P.P.S. pois é, Coimbra cidade universitária centenária, verdadeiro berço do pensamento lusófano, maravilha de Portugal, tem que também agüentar as mazelas da delinqüência juvenil. E logo se vê que não foi um brasileiro o culpado, pois onde já se viu pixador usando ênclise?
Un bon noël!

16 de décembre 2009, on va a Paris!
Viva!
Je m'baladais sur l'avenue le coeur ouvert à l'inconnu
J'avais envie de dire bonjour à n'importe qui
N'importe qui et ce fut toi, je t'ai dit n'importe quoi
Il suffisait de te parler, pour t'apprivoiser
Aux Champs-Elysées, aux Champs-Elysées
Au soleil, sous la pluie, à midi ou à minuit
Il y a tout ce que vous voulez aux Champs-Elysées
Tu m'as dit "J'ai rendez-vous dans un sous-sol avec des fous
Qui vivent la guitare à la main, du soir au matin"
Alors je t'ai accompagnée, on a chanté, on a dansé
Et l'on n'a même pas pensé à s'embrasser
Gracejo
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Made in Brazil II
Os portugueses tem verdadeira fascinação pelos brasileiros...na verdade, eles sabem muito mais de nós do que nós deles. Nada como ter orgulho do filhote que conseguiu voar do ninho (ainda que com asas tortas, gauche na vida).
Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
Tem garotas propaganda
Aeromoças e ternura no cartaz
Basta olhar na parede
Minha alegria num instante se refaz
Pois temos o sorriso engarrafado
Já vem pronto e tabelado
É somente requentar e usar
É somente requentar e usar
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
Retocai o céu de anil
Bandeirolas no cordão
Grande festa em toda a nação
Despertai com orações
O avanço industrial
Vem trazer nossa redenção
A revista moralista
Traz uma lista dos pecados da vedete
E tem jornal popular que
Nunca se espreme
Porque pode derramar
É um banco de sangue encadernado
Já vem pronto e tabelado
É somente folhear e usar
É somente folhear e usar
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
O que é made, made, made
Made in Brazil
Made in Brazil
"parque industrial" - Tropicália
domingo, 25 de outubro de 2009
Maldita cidade santa
Este final de semana fomos à Fátima, local atal da santa apareceu paras as criancinhas e contou seus famosos segredinhos. Pois é, eu bem sei que isso não é bem a minha cara, mas quem estava advogando pelo passeio foi o Leonardo (ok, é bem verdade que ele queria ver umas grutas que dizem existir por lá, mas isto não vem ao caso), então achei que não devia ser preconceituosa com o lugar. Bom, para começar, ir para lá já foi uma extorsão. Ida e volta somaram mais de vinte euros. Além disso, a cidade não tinha absolutamente nenhum carisma, charme ou coisa parecida, lembrando aliás àquelas terras das vacas frias que se vê pelo interior do Rio Grande do Sul. O tal do santuário então, no big deal. Não que seja feio, mas perto, por exemplo, da Igreja do Bom Jesus de Braga, legítima apoteose cristã-turística, não tinha nenhuma graça. E, como se já não bastasse tudo isso, começou a chover, não havia nenhum ônibus que levasse às benditas grutas (se bem que eu já nem queria mais ir mesmo, onde já se viu ir em gruta embaixo de chuva) e nem sequer cartões postais decentes existiam para serem comprados (ora, se eu mando para minha mãe um "em Fátima rezei por ti" ela vai é rir da minha cara - com razão).
Enfim, uma perda de tempo e de dinheiro.
Aliás, a foto acima é a única tirada durante o tão divertido passeio, já que a máquina fotográfica, as the good book says, muito mais fiel ao mitzvah do antigo testamento do que seu feliz proprietário, revoltou-se com o lugar e entrou em greve para não mais funcionar.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Latada
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Lágrimas de Portugal
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Chove chuva
Meia hora depois, o sol já entrava pela janela de novo.
santa paciência
Ai, Portugal, meu querido, me dê uma folguinha e pare com essa ladaínha religiosa infindável, nos programas de tv e nos jornais. Deixe os meios de comunicação livre para os mais laicos, que afinal só têm o aqui e agora e precisam distrair suas vidinhas pecadoras com a mídia de massas. Além disso, que importa se Saramago é ácido com a Igreja? Quantos autores já não foram antes? Bola pra frente, que atrás vem gente! E quem se importa com enquetes de quantas pessoas já leram a bíblia de cabo a rabo? Se calhar, nem os padrecos a leram! E quem quer saber do fulaninho que descobriu força em jesus ou em sei lá que santo na seu combate contra o câncer?
Ai ai, tudo que eu queria era um pouco menos de doutrinação e, se puder , um filminho, que tal uma comédia romântica com o Hugh Grant?
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Lado B da história - de fonte pouco fidedigna, ou seja, euzinha
Chegando lá, mal se vê Sameiro, pois na frente há um painel com estrelas (ou melhor, pentagramas) e o templo em si é, de fato, uma Igreja, no mínimo...estranha, vamos assim dizer. Digna de Código Da vinci (daí entra minha imaginação mirabolante), literatura de massas segundos os intelectuais mais blasés. Mas, senão vejamos, durante todo o percurso das escadas há quantidade anormal de pentagramas e imagens gráficas das mais questionáveis por uma junta inquisitorial. Na cúpula do santuário, acima da própria cruz, há uma estrela de seis pontas, nada mais esdrúxulo, com certeza. Para completar há ainda dois "obeliscos", um de cada lado, um com Jesus e outro com Maria, sendo, aliás, Sameiro o maior ponto de devoção mariana em Portugal, depois de Fátima, claro. Ora essa! Estrela pra lá, estrela pra cá, símbolos maçônicos pelo ladrilho, devoção mariana e coisa e tal, concluo o óbvio ululante, minha gente: aqui jaz Maria Madalena. Numa igreja portuguesa, com certeza.
Infantil
É verdade que nunca se esquece como andar de bicicleta porque já fazia bem uns dez anos, não, exagero meu, mas uns oito anos que não anadava numa. O problema é que, agora, tenho bem presente que posso cair no chão e me esborrachar, então não sou mais livre como as crianças, que não se importam com a velocidade ou com a altura.
Mas, claro, nem isso quer dizer que matei minha criança interior.
Ah, a água não voltou.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Procurando Hogwarts
Vimos, é claro, impossível não ver. Em Portugal, é tradição entre os estudantes o uso dos uniformes com capas pretas, os quais foram instituídos, justamente para homogenizar os alunos, independente de suas classes sociais. A roupa lembra mesmo o figurino à la Harry Potter e é utilizada a té hoje por grande parte dos alunos (ainda que o calor esteja massacrante).

O lado B da História II

Aqui em Porto moro na rua Barão de Forrester, continuação da rua Cedofeita, perto do metro (metro mesmo, que aqui a sílaba tônica fica na letra E, que se pronuncia aberta, e não no O, como no Brasil) e da faculdade de direito, mas isso não é o que interessa.


No ano de 1861, o Barão conheceu Dona Antônia Ferreira, conhecida por todos como Ferreirinha, figura importantíssima da região, empresária proprietária de diversas quintas no vale do Douro e, dizem, dona de estonteante beleza. Em uma tola tentativa de galanteio, o Barão ofereceu-se para levar Dona Ferreirinha de barco até Régua, vangloriando-se de seus amplos conhecimentos na geografia da região. Conta-se por aí que durante o percurso o barão ficou de tal forma hipnotizado pela formosura da Ferreirinha, que se distraiu da direção do barco, batendo nas pedras. Com o naufrágio, o barão veio, ironicamente, a falecer, enquanto Dona Ferreirinha se salvou, já que, reza a lenda, as amplas saias de seu vestido inflaram-se de ar, servindo-lhe de bóia até que fosse resgatada. Ferreirinha só foi morrer bem velhinha (ainda mais considerando a época) aos oitenta e cinco anos, depois de muito aprontar por aí, imortalizando a marca de vinhos do Porto "Ferreira".
Ô, povinho difícil!!

Entre as rodinhas brasileiras, como não poderia deixar de ser, os cariocas são sempre os mais salientes (como diz Adriana Calcanhoto, cariocas são modernos, cariocas são espertos e coisa e tal), esbanjando conhecimento sobre os mais diversos assuntos, com a profundidade de um pirex. O carioca saliente, exemplo de brasilidade, me pergunta se não fico deprimida morando sozinha, ao que eu respondo que não, parafraseando Dostoiévski no livro "Recordações da Casa do Mortos" que nada pode ser mais aflitivo e aprisionador do que justamente a falta de privacidade. Ele então me diz que acha Dostoiévski muito chato, que nunca conseguiu passar das dez primeiras páginas, verdadeiramente uma porcaria. Eu tento argumentar que ele deve ter lido uma versão mal traduzida, mas não há jeito, é uma bosta mesmo e nem me fale em Tolstói, nem desses outros russos aí.
Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada.
(ah, a ribeira pode ser apreciada na foto do cabeçalho do blog, a qual foi tirada por mim mesmo, por mais incrível que pareça, em momento de rara inspiração)
O lado B da História
Após a exultante vitória, como era do gosto do monarca, baixou uma constituição, ao mais elegante estilo canetaço, em 1826, com direito a poder moderador e parlamentarismo de fachada (a qual a estátua segura na mão esquerda, por sinal, embora não apareça na fotografia). Dizem (por óbvio, as mais línguas) que esta constituição é cópia da constituição imperial brasileira de 1824, tendo sido escrita em folha de bananeira e trazida de navio pelo embaixador britânico. É certo, porém, que foram feitas pequenas modificações (riscou-se Brasil, escreveu-se Portugal), estas feitas à lapís pelo secretário do magnífico rei.
O interessante é que esta constituição foi a mais longeva de Portugal, pois teve vigência até 1910, quando foi instituída a república.
Made in Brazil
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Conexão
Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
Copacabana, Copacabana
Embarque
um antigo pensamento
