
Estava eu na ribeira, local fantabuloso de Porto, que fica ainda melhor à noite com as luzes acesas e as rodadas duplas de bebida.
Entre as rodinhas brasileiras, como não poderia deixar de ser, os cariocas são sempre os mais salientes (como diz Adriana Calcanhoto, cariocas são modernos, cariocas são espertos e coisa e tal), esbanjando conhecimento sobre os mais diversos assuntos, com a profundidade de um pirex. O carioca saliente, exemplo de brasilidade, me pergunta se não fico deprimida morando sozinha, ao que eu respondo que não, parafraseando Dostoiévski no livro "Recordações da Casa do Mortos" que nada pode ser mais aflitivo e aprisionador do que justamente a falta de privacidade. Ele então me diz que acha Dostoiévski muito chato, que nunca conseguiu passar das dez primeiras páginas, verdadeiramente uma porcaria. Eu tento argumentar que ele deve ter lido uma versão mal traduzida, mas não há jeito, é uma bosta mesmo e nem me fale em Tolstói, nem desses outros russos aí.
Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada.
(ah, a ribeira pode ser apreciada na foto do cabeçalho do blog, a qual foi tirada por mim mesmo, por mais incrível que pareça, em momento de rara inspiração)
Entre as rodinhas brasileiras, como não poderia deixar de ser, os cariocas são sempre os mais salientes (como diz Adriana Calcanhoto, cariocas são modernos, cariocas são espertos e coisa e tal), esbanjando conhecimento sobre os mais diversos assuntos, com a profundidade de um pirex. O carioca saliente, exemplo de brasilidade, me pergunta se não fico deprimida morando sozinha, ao que eu respondo que não, parafraseando Dostoiévski no livro "Recordações da Casa do Mortos" que nada pode ser mais aflitivo e aprisionador do que justamente a falta de privacidade. Ele então me diz que acha Dostoiévski muito chato, que nunca conseguiu passar das dez primeiras páginas, verdadeiramente uma porcaria. Eu tento argumentar que ele deve ter lido uma versão mal traduzida, mas não há jeito, é uma bosta mesmo e nem me fale em Tolstói, nem desses outros russos aí.
Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada.
(ah, a ribeira pode ser apreciada na foto do cabeçalho do blog, a qual foi tirada por mim mesmo, por mais incrível que pareça, em momento de rara inspiração)
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