quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O lado B da História

O imperador D. Pedro I é aqui em Portugal conhecido como o rei D. Pedro IV. É por cá famoso por ter vencido as forças miguelistas, quando seu malvado irmão de sexualidade questionável, D. Miguel, após ter se casado com sua sobrinha de mais ou menos dez anos de idade, tentou afanar-lhe o trono. Por ter chegado aqui botando ordem na casa ( e abandonando o filho de cinco anos no Brasil, diga-se de passagem) ganhou monumento garboso na Praça da Liberdade, nome auto-explicativo.
Após a exultante vitória, como era do gosto do monarca, baixou uma constituição, ao mais elegante estilo canetaço, em 1826, com direito a poder moderador e parlamentarismo de fachada (a qual a estátua segura na mão esquerda, por sinal, embora não apareça na fotografia). Dizem (por óbvio, as mais línguas) que esta constituição é cópia da constituição imperial brasileira de 1824, tendo sido escrita em folha de bananeira e trazida de navio pelo embaixador britânico. É certo, porém, que foram feitas pequenas modificações (riscou-se Brasil, escreveu-se Portugal), estas feitas à lapís pelo secretário do magnífico rei.
O interessante é que esta constituição foi a mais longeva de Portugal, pois teve vigência até 1910, quando foi instituída a república.

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